Obstrução nasal, coriza, espirros frequentes, coceira no nariz (também pode atingir a garganta ou olhos), esses são os principais sintomas da rinite alérgica, uma doença que atinge cerca de 30 a 40% da população mundial e interfere no sono e atividades diárias do paciente.
A rinite alérgica é uma reação exagerada do organismo, que ao entrar em contato com uma substância considerada nociva, desencadeia uma inflamação na mucosa nasal, levando aos sintomas já conhecidos. Uma crise de rinite alérgica pode durar cerca de 7 a 10 dias, os sintomas também podem se tornar recorrentes e a crise durar meses.
A rinite pode ser classificada em alérgica e não alérgica, o que pode causar uma certa confusão tendo em vista que os sintomas são parecidos. A principal diferença entre as duas é que a última delas não é causada por alergia. A rinite não alérgica pode ser desencadeada por uma infecção viral, como a gripe e o resfriado.
Ao contrário do que se imagina, a alergia não é causada pela falta de defesa do organismo, mas sim por sua atuação excessiva em evitar que os vírus levados pelo ar, alcancem os pulmões. Acontece que a substância, também conhecida como “alérgeno”, que o organismo considera “perigosa”, não necessariamente é, como a poeira doméstica, pólens, alguns alimentos e pelos de animais, mas tornam-se prejudiciais para o indivíduo que possui uma sensibilização a ele.
Diariamente somos expostos a diversas substâncias alérgicas e é importante entender que um paciente alérgico não nasce com a doença, ele apenas possui a capacidade de sensibilizar-se ao elemento, ou seja, em algum momento da vida o indivíduo pode deixar de tolerar a substância. A rinite alérgica pode ser hereditária em crianças que têm os dois pais alérgicos, nestes casos, a chance de desenvolvimento de alergia é de 50%.
Além dos sintomas comuns como obstrução nasal e coriza, a rinite alérgica também é responsável pelo surgimento de outros distúrbios como inflamações no ouvido, sinusites e roncos.
Causas e diagnóstico da rinite alérgica
São diversas as substâncias que podem sensibilizar um paciente, e a maioria pode ser encontrada dentro de casa como a poeira, os pólens e alguns alimentos. A poeira domiciliar abriga a maior parte dos alérgenos: pele humana e de animais, pelos de animais, restos de barata e outros insetos, fungos, bactérias e ácaros.
Na primavera, por exemplo, cresce a incidência de crises de rinite alérgica associadas ao pólen que é liberado pelas plantas. O ácaro é outro vilão que está presente em todas as épocas do ano, eles se proliferam nos travesseiros e colchões, e no inverno aproveitam o clima úmido para se multiplicar.
Mas como saber se você tem rinite alérgica?
É necessário consultar um especialista para confirmar o quadro. O diagnóstico é realizado a partir de uma avaliação clínica em que será analisada a história da doença. Também podem ser recomendados testes alérgicos com prick-test ou teste de sangue, para identificar as substâncias causadoras da reação.
Como tratar a rinite alérgica
Basicamente, o tratamento para rinite alérgica pode ser realizado a partir de três métodos: Higiene ambiental, tratamento medicamentoso e vacinas anti-alérgicas (Imunoterapia).
Uma prática simples para reduzir os sintomas é evitar o contato com o alérgeno responsável pela alergia. Medidas de higiene ambiental podem ser adotadas nesses casos, ou seja, a casa e o quarto devem ser limpos com frequência.
Você lembra quando foi a última vez que trocou seu travesseiro? É principalmente nele que se localiza grande quantidade de ácaros. Apesar de não ser possível eliminar 100% dos causadores de sua rinite do ambiente, uma boa limpeza reduz a quantidade de alérgenos.
Algumas dicas de higiene ambiental para sua casa:
- Não utilize vassouras e espanador de pó (eles só espalham o poeira no ambiente). Substitua-os por um pano úmido ou aspirador de pó com filtro especial;
- Evite carpetes, cortinas, brinquedos de pelúcia e demais objetos que possam acumular pó;
- Mantenha a casa sempre ventilada;
- Utilize capas no colchão e travesseiros.
O tratamento medicamentoso para rinite alérgica pode ser receitado apenas pelo médico e engloba diferentes fármacos: descongestionantes, anti-histamínicos, estabilizadores de membranas, e corticosteroides.
Outra forma de tratamento é com a Imunoterapia alérgeno-específica, também conhecida como vacina para alergia. Trata-se da administração via sublingual ou injetável, dos alérgenos causadores da reação. Seu objetivo é reduzir a reação alérgica do paciente, permitindo que ele adquira tolerância à substância e reduza a necessidade do uso de medicamentos.
Você ou alguém da sua família possui esse tipo de sensibilização? Tem dificuldade em controlar os sintomas e não consegue ter uma boa noite de sono?
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